Arte naïf ou arte primitiva moderna é, em termos gerais, a arte que é produzida por artistas sem preparação académica na arte que executam (o que não implica que a qualidade das suas obras seja inferior). Caracteriza-se, em termos gerais, pela simplicidade e pela falta de alguns elementos ou qualidades presentes na arte produzida por artistas com formação nessa área. (Veja também art brut, género artístico que tem algumas semelhanças.)
O termo naïf presume a existência (por contraste) de uma forma académica de proceder nas artes - uma forma "educada" na criação artística, que os artistas desta corrente não seguirão. Na prática, com tudo, também existem "escolas" de artistas naïf. Ao longo do tempo, o estilo foi sendo cada vez mais aceito e valorizado.
As principais características da arte naïf (por exemplo, na pintura) são a forma desajeitada como se relacionam determinadas qualidades formais; dificuldades no desenho e no uso da perspectiva que resultam numa beleza desequilibrada mas, por vezes, bastante sugestiva; uso frequente de padrões, uso de cores primárias, sem grandes nuances; simplicidade no lugar da subtileza, etc. Por se referir à uma tendência estética e não particularmente a uma corrente de pensamento é recorrente a errônea classificação "naif" de artistas na realidade conscientes de sua produção formal que optam por uma figuração sem compromisso fotográfico com a realidade (como exemplo o pintor Henri Rousseau, exímio colorista, considerado diversas vezes um "ingênuo"). Tornou-se um estilo tão popular e reconhecível que já existem obras que podemos classificar como pseudo-naive.